segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Fora da Curva

 


Crédito da imagem: Cesar Greco - AG. Palmeiras - Divulgação


Obrigado por incentiva
r a leitura, Gustavo Scarpa

 

Tony Marlon - UOL

17/08/2021 06h00

 

O meu coração é rubro negro, mas a minha admiração é verde. No país em que 30% da população nunca comprou um livro, e a média de leitura de uma obra até o fim é de apenas dois por ano, o jogador palmeirense presta um serviço grandioso ao compartilhar seu amor pela literatura nas redes sociais como tem feito. Inspira pelo exemplo, o que anda em falta no país.

No Instagram, o meia mantém um álbum de "livros lidos", em que até deixa alguns comentários sobre as obras, sempre com uma linguagem leve, divertida, o que aproxima especialmente as juventudes, público principal do futebol. Sabemos o poder de influência de um jogador ou jogadora na cabeça da criançada, por isso é de se celebrar este movimento do Scarpa. E de sonhar, por que não, que mais atletas entendam seu papel social e façam coisas parecidas. Mas é bom avisar que o passado desanima um pouco.

Entre 2013 e 2016, o Flamengo contava com o zagueiro Wallace, que também ficou conhecido por sua paixão pelos livros. Ele me inspirou um bocado. Feito Scarpa, virou personagem de inúmeras reportagens por ser, como sempre aparece em casos assim, fora da curva entre os boleiros. Quando o time ia bem, a torcida brincava com a história. O problema é quando perdia. O que era para ser motivo de inspiração e orgulho, virava uma espécie de cobrança: para de ler tanto e vai jogar bola, eu vi algumas vezes escrito por aí. E veja, essa ideia não faz o menor sentido. Primeiro que uma coisa não exclui a outra, tem isso. Mania binária de pensar o mundo, tudo no ou: isso ou aquilo. O mundo é &, este caminho & aquele outro. Juntos e ao mesmo tempo. Além do quê, o Wallace trabalha com futebol, mas sua existência é bem maior que isso. E nela cabe, por exemplo, os livros que gosta e lê. Mas como explicar isso numa sociedade que incentiva a qualquer custo o ter ao ser

     Em entrevista recente, Scarpa contou que foi uma tia que o recolocou na trilha dos livros, em 2017. Presenteou com uma biografia do Steve Jobs, que ele gostou demais e nunca mais parou. Foram 90 obras lidas de lá para cá. É muita coisa. Aproveita a concentração, as viagens infinitas para os jogos e até o vestiário para avançar nas páginas. Consegue entender o poder que uma história como essa tem para mexer na imaginação coletiva

     Sim, aqui cabe uma vírgula. Questão de justiça e de contextualização. Sabemos como acontece a formação de jogadores e jogadoras de futebol no Brasil, que enxerga crianças e adolescentes como produtos a serem comercializados futuramente. E só. Raros são os exemplos de clubes que investem, verdadeiramente, na formação cidadã para além das quatro linhas e dos resultados esportivos. E isso tem um preço alto, a longo prazo. Um deles é termos pouquíssimas histórias assim para contar no que já foi chamado de país do futebol. Mas que hoje é só a capital da desesperança, mesmo.

O grande desafio do nosso tempo é o de conseguirmos atravessar as conversas que realmente importam no caminho das pessoas, num mundo em que o novo petróleo é a atenção. Por isso admiro o Observatório Racial do Futebol, que faz isso tão bem. E mais: Marta, Wallace, Scarpa. Outros e outras. O mundo é corrido, muita coisa gritando a nossa presença. O livro precisa estar ali, nas mãos do ídolo do time que briga na grande final. É isso que fica registrado na cabeça da menina ou menino, quando o juiz apitar que acabou a partida. Dormirão sabendo que cabe a bola e o livro em suas vidas.

Sabendo que seu ídolo leu três livros só este mês, se perguntando por que não fazer igual a partir de amanhã e ser igual ele até nisso.


Discos de vinil, álbuns de figurinhas e outras antiguidades!

 

Le Bazar

Chegou o espaço onde você encontra discos de vinil, antiguidades e outras tralharias do Sebo Ilha das Letras:

Le Bazar

sexta-feira, 13 de março de 2020

Loja na Avenida Josué Di Bernardi

Desde dezembro de 2019 estamos atendendo em novo endereço.
Na Avenida Josué Di Bernardi número 239, loja 19, Bairro Campinas, São José, SC.

Apareça por lá!
Ou consulte nossos livros em ilhadasletras.com.br






quarta-feira, 20 de junho de 2018

Autores Pelo Mundo - Parte 24: CANADÁ


 
A autora Miriam Toews nasceu em Steinbach, uma das dez províncias do Canadá. Filha de Melvin C. Toews e Elvira Loewen,  teve outras duas irmãs. Desde pequena participava de competições provinciais, tais como corridas e adestramentos com cavalos. Quando completou seus 18 anos, mudou-se para Montreal e posteriormente para Londres. Entretanto, estabeleceu-se em Winnipeg, aonde vive até os dias atuais.
Formou-se bacharel em Estudos de Cinema pela Universidade de Manitoba e também bacharel em Jornalismo, pela Universidade de King’s College. Toews escreveu seu primeiro romance, “Verão de Minha Incrível Sorte” (1996), enquanto trabalhava como jornalista freelancer. O romance, que explora a amizade em desenvolvimento de duas mães solteiras em um complexo habitacional público de Winnipeg, desenvolveu-se a partir de um documentário que Toews estava preparando para a  Rádio CBC sobre o tema das mães que necessitavam de assistência social.
Além deste, escreveu diversos outros livros, sendo os mais conhecidos:  “Uma Bondade Complicada” e “Todos os Meus Sofrimentos”. O livro “Uma Bondade Complicada” venceu o maior prêmio literário no Canadá em 2004.
Infelizmente seu pai e sua irmã mais velha suicidaram-se um após o outro. Fato que influenciou muito em sua escrita. Após seu pai falecer, escreveu um livro de memórias em homenagem a ele, intitulado: “Swing Low: A Life”. O livro foi saudado como um clássico na literatura moderna sobre doenças mentais e ganhou o Prêmio Alexander Kennedy Isbister de não-ficção e o Prêmio Livro do Ano McNally Robinson.
Atualmente Miriam tem 54 anos, segue escrevendo e dando aulas nas universidades onde se formou.
Você encontra a obra de Miriam Toews na Ilha das Letras.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

John Hersey

John Hersey nasceu em 1914, em Tietsin, na China. Filho dos missionários Roscoe e Grace Hersey, voltaram aos Estados Unidos quando ele completou dez anos. Durante sua juventude, cursou na escola Hotchkiss School e sua faculdade cursou em Yale. Fez pós-graduação em Cambridge. Sempre muito dedicado, em 1937 começou a trabalhar na revista Time.
Cobriu a Segunda Guerra Mundial e as guerras da Europa e Ásia, como jornalista. Seus artigos foram publicados pelas revistas Time, The New Yorker e Life. Neste período, escreveu três livros: "Men on Bataan", "Into the Valley", e "A Bell for Adano".
Todas as suas obras foram bem recebidas, mas nenhuma tão bem quanto “Hiroshima”. Neste livro, escrito para a revista The New Yorker, falou sobre os efeitos da bomba atômica derrubada na cidade japonesa em 1945. Inicialmente como artigo, contou sobre as vidas de seis vítimas do bombardeio, e após isso, publicou como livro.
Escreveu também um romance com um gráfico informativo sobre o desenvolvimento e destruição do maior gueto judeu em Varsóvia, ambientado durante o Holocausto. E ganhou notoriedade também em seu artigo sobre a estagnação de leitores de escola secundária em uma edição de 1954 da Time. Este foi a inspiração para o filme “The Cat in the Hat”.
“A Bell for Adano”  ganhou o Pulitzer Prize for the Novel em 1945. Hersey também é conhecido pela sua pseudo-crônica, “A Single Pebble”, sobre um engenheiro americano jovem que atravessa Yangtze rio acima. Ele também escreveu o romance The Wall (1950) que dá um gráfico informativo do nascimento, desenvolvimento e destruição do Gueto de Varsóvia, o maior gueto judeu estabelecido pela Alemanha Nazista durante o Holocausto.
Hersey era o Mestre da Pierson College, uma das doze faculdades residenciais na Yale University, de 1965 a 1970. Ele lecionou em dois cursos de escrita, em literatura de ficção e não-ficção, para estudantes universitários.
O professor, autor e jornalista, John Hersey, morreu em casa em Key West, Flórida, no dia 24 de março de 1993. Ele passou sua vida com sua esposa, Barbara, suas cinco crianças, e seis netos.
Você pode conhecer a obra de Hersey na Ilha das Letras!